Estiagem: Governo Federal reconhece Situação de Emergência do município

Agropecuária e Meio Ambiente

Após quase um mês após do decreto de Situação de Emergência pelo município devido a estiagem que tem se aplacado em Manoel Viana, no últomo dia 8 de março o Governo Federal reconheceu a situação. Conforme a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural, os efeitos da forte estiagem já trouxeram danos irreversíveis aos produtores rurais, com prejuízos em larga escala que afetam o meio rural e urbano.

Conforme o decreto, o município vem desde o mês de novembro de 2019 sofrendo com precipitações pluviométricas abaixo da média, efeitos sentido principalmente nas produções de agropecuária e de subsistência da zona rural, levando inclusive a várias famílias da zona rural se encontrarem com água em condições improprias para consumo humano, ou até mesmo completamente sem água, e que consequentemente também afeta a produção agropecuária.

Com o reconhecimento pela União, da Situação de Emergência, os produtores já podem começar a solicitar a renegociação das dívidas, assim como aqueles segurados já podem pedir o seguro. De acordo com a Secretaria de Agricultura, 100% das famílias da zona rural foram afetadas pelos prejuízos da estiagem, o que significa 1.750 pessoas atingidas em 647 estabelecimentos.

Até o momento são aproximadamente 60 famílias sem água própria para consumo, que estão sendo atendidas pelo Executivo Municipal. De acordo com o levantamento pluviométrico dos últimos anos, Manoel Viana registrou um total de 418,5mm de chuvas no ano de 2017, já em 2018, o nível chegou a 1.081mm, enquanto nesse mesmo período, que compreende os meses de novembro a fevereiro, o total para 2019/2020 chegou a apenas 266mm.

Ainda de acordo com último laudo técnico apresentado pela Emater/RS, que serviu como base para a emissão do Decreto, os prejuízos na produção do soja já ultrapassam a soma dos R$ 51.3 milhões. O milho apresentou o segundo pior índice, com prejuízo de aproximadamente R$ 3.7 milhões. As demais produções que incluem arroz, leite, dentre outras, somam perdas de mais de R$ 1.25 milhões. Na produção de bovinos de corte o rombo representa um total de R$ 1.230.000,00. O laudo apontou prejuízos de uma monta de aproximadamente R$ 57.5 milhões.

A líder da Pasta de Agricultura, Luiza Meus informa que a expectativa atual é de que os produtores colham de 06 a 30 sacos por hectares, quando a inicial era de 60 sacas prevista na época da planta. As perdas podem chegar a 70%, de uma área de 47.000 hectares plantas, conclui a secretária.

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